Gerenciamento Costeiro
Preocupada com o futuro de Ilhabela, sociedade civil pede ampliação do debate sobre o mapa do Gerenciamento Costeiro apresentado pela Prefeitura
Ocorre que o processo de votação entre as duas sugestões ocorreu minutos após a apresentação da última sem permitir o aprofundamento e seu detalhamento e impedindo um debate democrático pelo grupo, apesar do pedido de que fosse adiado, para permitir essa análise.
Os principais pontos de discordância são:
1 – Comunidades tradicionais pintadas pela Prefeitura de Z4T-OD2 (Área Urbana), permitindo parcelamento de solo, estando em desacordo com o Plano Diretor Municipal. Lembramos que no zoneamento atual estas áreas são classificadas como Z1T e Z2T;
2 – Áreas de Praias e Centro Histórico, pintadas pela Prefeitura como Z5T-OD, permitindo a ocupação de marinas em locais utilizados por banhistas (áreas de contato primário);
3- Áreas dos bairros da Barra Velha, Perequê e Água Branca, pintadas pela Prefeitura como Z5T-OD, o que permitirá a implantação de indústrias. Lembramos que em Z4T, que é o zoneamento atual, já são permitidas: Padarias, Marcenarias, Serralherias, entre outras microempresas.
5- Paras as regiões sul e norte de Ilhabela, também existem pontos divergentes: a proposta da Prefeitura mudou o zoneamento aumentando significativamente as taxas de ocupação do solo, em alguns casos passando dos atuais 20% para até 70%. Deve ser considerado que estas áreas não possuem infraestruturas completas (tais como: abastecimento de água, rede de coleta e tratamento de esgoto), além do problema da mobilidade, visto que são atendidas por uma malha viária composta apenas pela SP 131.
Espera-se que seja possível, antes do final das votações, do envio do decreto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e das audiências públicas, alcançar uma pintura de mapa que represente mais propriamente a vontade de Ilhabela.
http://www.nossailhamaisbela.org.br/site/noticias/364-preocupada-com-o-futuro-de-ilhabela-sociedade-civil-pede-ampliacao-do-debate-sobre-o-mapa-do-gerenciamento-costeiro-apresentado-pela-prefeitura
“Considerando que o ZEE irá, pelos próximos 10 anos, influenciar a forma como o município se desenvolverá, torna-se oportuno submeter à população de Ilhabela a proposta colocada no Grupo Setorial. Desta forma, a sociedade tomará conhecimento do que está sendo proposto, do que isso pode significar com relação ao desenvolvimento do município e também poderá fazer suas propostas e contribuições, de modo que o zoneamento resultante seja fruto de um debate democrático.”
Cecília Martin Pinto
Secretária-Executiva Adjunta do CONSEMA
O edital pode ser acessado em:
http://www.ambiente.sp.gov.br/consema/audiencias-publicas/edital-de-convocacao-da-audiencia-publica/
Classificação
Estância Balneária.
Localização
Litoral Norte do estado de São Paulo
Coordenadas Geográficas
Latitude 23° 46″28″Sul
Longitude 45° 21″20″Oeste
Distâncias
São Paulo – 190 km (mais 15 minutos de balsa)
Rio de Janeiro – 435 km (mais 15 minutos de balsa)
São Sebastião – 6 km (mais 15 minutos de balsa)
Caraguatatuba – 30 km (mais 15 minutos de balsa)
São José dos Campos – 116 km (mais 15 minutos de balsa)
Limites
Oeste : Canal de São Sebastião
Leste : Oceano Atlântico.
Clima
Tropical úmido com temperatura média oscilando entre 22° e 23°C e pluviosidade anual entre 1300 e 1500mm.
Topografia
Montanhosa
Tipo de Solo
Rochas alcalinas (terras ácidas)
Hidrografia
Rio Perequê
Ribeirões: do Cego, das Tocas, de Água Branca, do Zabumba, da Corrida, da Laje, Bonete, Exovas, Castelhanos, Riscada e Poço.
Análise do Mercado Turístico
População Flutuante- 70.000
Baixa- março a novembro
Alta- dezembro a fevereiro
Média- julho
Mercado
São Paulo Capital e Interior do Estado e Mercosul
Perfil do Turista
Classes Alta e Média
Pontos Mais Altos
Pico de São Sebastião: 1.379 m.
Pico do Papagaio: 1.307 m.
Pico da Serraria: 1.285 m.
Pico do Ramalho: 1.205 m.
Pico do Baepi: 1.025 m
Maior Largura do canal: 7.200 m.
Menor Largura do canal: 1.800 m.
Comunidades Caiçaras
Uma característica interessante do arquipélago de Ilhabela, são as comunidades caiçaras isoladas, constituídas por aproximadamente 1000 pessoas, que habitam as áreas do arquipélago voltadas para o alto mar; com certeza um dos mais belos trechos costeiros do país. Vivem da pesca e do artesanato e em condições exatamente idênticas a seus antepassados; verdadeira “amostra viva” de uma cultura passada, na definição dos estudiosos.
Nestas comunidades não existe eletricidade, telefone, cartão de ponto, ruas, bares, TV, médico, banheiro, farmácia, aluguel, automóveis, etc. Nem miséria. Seu linguajar e modo de vida são únicos. Para se ter uma idéia, o café preto é acompanhado por abacate com farinha de mandioca. É comum o casamento entre parentes.